Por Ricardo Borges Maracajá*
Tinha algum tempo que não escrevia textos sobre o Bahia, me limitando aos comentários sobre os jogos e situação do clube no Twitter e Instagram. Então para começar, resolvi falar de um tema chato e recorrente que acontece no nosso tricolor nos últimos 6 anos e que precisa de uma virada de chave urgente.
Qual a semelhança entre Guto (2x), Enderson, Roger e Dado? Todos começaram muito bem, criaram uma dinâmica de jogo que agradava a torcida, obtinham resultados positivos e tiveram o mesmo fim melancólico de demissão após sequências agressivas de resultados ruins. Todos tinham respaldo da diretoria e da torcida e nos períodos negativos acabaram sucumbindo. O Bahia entrou num ciclo vicioso, onde os treinadores começam um trabalho, com uma conduta de preparação física, tática e técnica que precisa ser substituída no meio da competição por conta dos insucessos. Obviamente, tirei Mano Menezes da lista, já que esse foi ainda pior e só conviveu com má fase.
Claro que os treinadores tem sua parcela de culpa pelos insucessos de um clube de futebol e isso não é diferente aqui. A questão é a recorrência no clube em sempre viver essas fases negativas e o treinador acabar sendo o “culpado” por isso. O objetivo não é defender esses treinadores, mas lutar que mudanças no elenco sejam feitas para o time evoluir. O Bahia mantém em seu elenco, diversos jogadores por um longo período que não conseguem entregar mais tecnicamente para mudarmos de patamar. Vários desses atletas passaram por todos os treinadores citados, viveram todas as derrotas, mas seguem no clube, jogando e participando de novos resultados negativos. A torcida está cansada (com razão) de sempre ficarmos no meio da tabela e oscilarmos tanto na série A. O clube precisa fazer sua parte, não só trazendo novos atletas, mas também encerrando a relação com os atletas que já não agregam mais. Dabove, diferente de Dado que nos livrou do rebaixamento do ano passado e venceu a copa do nordeste esse ano, chegou no Bahia com dois reforços para ataque (Cirino e Isnaldo), Luizão para o meio, além de Rodallega em melhor forma física, elevando o nível do elenco, que até então, tinha graves problemas de reposição no ataque.
*As opiniões publicadas neste espaço não representam, necessariamente, o posicionamento do Info Bahêa.
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