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'Não podemos partir para a cultura do cancelamento', justifica Freeland sobre vinda Marcinho

Diretor afirmou que devem ocorrer de 3 a 4 saídas de atletas nos próximos dias

Foto: Felipe Oliveira/ EC Bahia

Além da apresentação do meia-atacante Ricardo Goulart, o Diretor do Futebol Eduardo Freeland também concedeu entrevista coletiva onde o assunto em questão foi o lateral-direito Marcinho, que não teve coletiva de apresentação assim como Goulart.


A contratação do atleta dividiu parte da torcida. O lateral se envolveu em um acidente em 2020, quando atropelou um casal de professores que vieram a óbito. Marcinho ainda responde a processo pelo ocorrido.


Sobre a vinda do atleta e toda repercussão causada pela torcida, Freeland afirmou:


"De certa forma, a gente esperava uma repercussão negativa, mas a gente vê uma repercussão positiva e a gente é muito sensível a esse tipo de discussão porque é um tema relevante. A gente procura ser racional, analisar a coisa de forma crítica e atenta. O fato de ser o jogador que foi, eu conhecer o histórico pesa. Nenhuma decisão é tomada por uma pessoa só. Mas sim, o presidente me deu a chave do futebol e a decisão final foi me dada carta branca. Entendendo o jogador que é, a situação... Claro que vai ter pessoas pensando positivo, pessoas contrárias. A gente espera essa discussão no melhor nível possível. A gente tem que tomar cuidado com a cultura do ódio. É o ser humano, uma pessoa que precisa voltar a trabalhar, pediu perdão, cometeu erros e a Justiça está julgando o caso. A gente entende que tem que ter Justiça. A coisa vai ser muito respeitada, como se fosse qualquer outra profissão. Ele não voltaria a trabalhar? A gente entende e respeita qualquer discussão e depois de analisar por dois meses, entendemos que faz sentido oportunizar e voltar a trabalhar. Isso eleva o nível da equipe e vai nos ajudar a conquistar o acesso”.


O Diretor falou sobre o Núcleo de Ações Afirmativas do clube. Além disso, Freeland mostrou ter confiança no lado profissional do atleta e que não se pode simplesmente 'cancelar' um outro ser humano por um erro que cometeu e já está pagando por isso.


"Uma das grandes admirações do Bahia são as políticas inclusivas. Isso marca muito a história do Bahia e a gente também tem uma análise de que também podemos perceber uma percepção contrária do que as pessoas estão trazendo. Estamos falando de incluir um atleta. Já fez acordo com as famílias e está sendo julgada. A gente tem que tomar cuidado para não partir para a cultura do cancelamento. Estamos falando de outro ser humano e me sinto confortável em dizer que é um jogador sério, dedicado e comprometido. Todos nós cometemos erros e ele cometeu e está pagando. Não podemos cancelar ele e virar as costas."


Freeland também comentou sobre possíveis saídas do clube devido à chegada de novos jogadores e o grande volume de atletas.


“Uma análise que a gente tem feito do elenco e que sempre preocupa é o volume de atletas. Então a gente deve ter sim a saída de alguns atletas. A tendência é que tenhamos de 3 a 4 saídas para oportunizar esses atletas a ter minutagem em outras equipes e ter um grupo mais enxuto para a disputa do segundo turno. Estamos trabalhando nos bastidores para isso e acredito que nos próximos 7 a 10 dias a gente deve anunciar a saída de alguns atletas.” Concluiu.

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