Leia o texto de Alexandre Galvão
Foto: Montagem / Info Bahêa
Uma pergunta que me faço todo dia: quem poderia imaginar que essa gestão chegaria nesse nível de caos? Eu confesso, talvez por ingenuidade, que eu não conseguia prever o que acontece no Bahia de hoje.
Não, não estou falando nem do rebaixamento. Isso, infelizmente, já se desenhava ano após anos, com sucessivas campanhas pífias, arrogância e diretoria presa nas suas tortas convicções.
Falo mais do dia-a-dia da gestão. Dos pequenos detalhes que fazem toda diferença. O mesmo Bahia que encantou o Brasil ao mostrar a importância social do futebol tem mais de uma semana de estrondoso silêncio sobre as agressões que teriam sido praticadas por um dos seus investimentos mais caros. Podemos admitir isso?
Não peço que o clube coloque o jogador na fogueira. A investigação está em curso, mas, para a institucionalidade do Bahia, parece que nada existe.
Essa incerteza, infelizmente, não é a única que dói. Diretor de futebol? Até a hora que escrevo esse texto, não temos. Isso, porém, não impediu que um atleta já fosse contratado. Oxalá, meu Pai, que esse profissional nos dê frutos positivos.
E o que dizer do futebol feminino? Uma das poucas categorias com algum êxito na estrutura do clube. No entanto, a primeira a ser solapada pela barbeiragem da administração que sempre se vendeu como proba. Agora, bem no estilo “choque de gestão”, decidiu por sair cortando tudo - até mesmo algo que não parece tão custoso e, repito, dava retorno em campo.
Nem mesmo a comunicação sobre a entrega de uma camisa prometida aos sócios - ah, esses sócios tão cobrados… - o clube consegue fazer. Várzea.
No Bahia de Bellintani, dói a certeza de que fomos rebaixados, mas dói ainda mais as tantas incertezas, arestas e pontas soltas que ele conseguiu colecionar.
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